As campanhas da Semana Mundial de Aleitamento Materno tiveram início na década de 90, porém o Mês de Aleitamento Materno no Brasil foi instituído por lei apenas em 2017. O nome "Agosto Dourado" foi escolhido pois a cor dourada está relacionada à qualidade do leite materno, que é tido como padrão ouro.
O Agosto Dourado tem como principal objetivo incentivar o aleitamento materno promovendo palestras e eventos, reuniões com a comunidade e ações de divulgação em meio às diversas mídias e espaços públicos. Inclusive, os médicos pediatras têm um papel de extrema importância quando se trata desse assunto, pois não só durante as consultas pré-natal mas também no parto e consultas subsequentes no primeiro ano de vida da criança, o pediatra deve incentivar o aleitamento tirando todas as dúvidas dos pais.
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A ideia de realizar uma campanha destinada ao aleitamento materno surgiu em 1990 durante um encontro da OMS (Organização Mundial de Saúde) junto a Unicef, e o resultado disso foi a elaboração do documento Declaração de Innocenti. Em 1991 foi fundada a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (da sigla em inglês WABA), que um ano depois criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno.
A missão da WABA é proteger, promover e apoiar a amamentação em todo o mundo de acordo com as Declarações de Innocenti (1990 e 2005) e a Estratégia Global para a Alimentação de Lactentes e Crianças Pequenas por meio de redes e facilitação de esforços colaborativos em mobilização social, defesa, disseminação de informações e capacitação. Além disso, a WABA tem como meta promover um movimento de amamentação forte e coeso, que atuará nos vários instrumentos internacionais para criar um ambiente propício para as mães, contribuindo assim para aumentar a amamentação e as práticas de alimentação de bebês e crianças pequenas.
A Declaração de Inncocenti foi produzida e adotada por representantes de organizações governamentais, ONGs, defensores da amamentação de países de todo o mundo, no encontro "Breastfeeding in the 1990s: A Global Initiative" organizado pela OMS e UNICEF com apoio da A.I.D United States Agency for International Development e da SIDA - Swedish International Development Authority, em, Florença, na Itália, entre os dias 30 de Julho e 1 de Agosto de 1990. A Declaração reflete o conteúdo dos documentos produzidos para o Encontro e pontos de vista apresentados nos grupos e sessões de plenária.
Segundo o documento, o aleitamento materno é um processo único e uma atividade que, mesmo tomada isoladamente, é capaz de:
- reduzir a morbimortalidade infantil ao diminuir a incidência de doenças infecciosas;
- proporcionar nutrição de alta qualidade para a criança, contribuindo para seu crescimento e desenvolvimento;
- contribuir para a saúde da mulher, reduzindo riscos de certos tipos de câncer e de anemia e ampliando o espaçamento entre partos;
- proporcionar benefícios econômicos para a família e a nação;
- quando bem adotado, proporcionar satisfação à maioria das mulheres.
Benefícios do Aleitamento Materno
O leite materno é o alimento mais completo que um bebê pode receber desde o seu nascimento. Todas as mulheres devem estar capacitadas a praticar o aleitamento materno exclusivo e todas as crianças devem ser alimentadas exclusivamente com o leite materno, desde o nascimento até os primeiros 4 e 6 meses de vida.
Além do valor nutritivo, os bebês que foram amamentados têm menos chance de se tornarem obesos ou com sobrepeso no futuro. O ato de amamentar também melhora a digestão dos bebês e minimiza as cólicas, além de estimular e fortalecer a arcada dentária.
Estudos revelam que a amamentação exclusiva até os 6 meses do bebê está relacionada ao aumento da sua inteligência e a prevenção diversas doenças, inclusive a leucemia, além da prevenção a alergias, anemias e infecções respiratórias, como a asma, além de reduzir os índices de a criança desenvolver diabetes tipo II. A amamentação também previne contra doenças contagiosas, como a diarreia, e diminui as chances de desenvolver doença de Crohn e linfoma.
As mães também acabam se beneficiando do ato de amamentar, principalmente no que diz respeito ao pós-parto: além de diminuir sangramentos, acelera a perda de peso e ajuda o útero a recuperar o tamanho normal, diminuindo assim o risco de hemorragia e anemia, sem contar na redução da depressão pós-parto.
A longo prazo, o aleitamento materno também possui outros benefícios. Amamentar reduz a incidência de câncer de mama, ovário e endométrio, evita a osteoporose e protege contra doenças cardiovasculares, como o infarto por exemplo.
Além de todos os benefícios citados acima, não podemos deixar de comentar sobre o fato de que, a amamentação proporciona um maior contato entre a mãe e o bebê, fortalecendo ainda mais os laços maternos.
Fonte: WABA | Biblioteca Virtual em Saúde