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Em meio aos corredores de clínicas médicas, onde a prestação de cuidados de saúde assume uma proximidade mais intimista, a segurança continua a ser uma pedra angular para o bem-estar de pacientes e profissionais. Nas clínicas, a dinâmica particular desses espaços exige uma atenção minuciosa aos riscos específicos associados a cada área. Nesse contexto, o Mapa de Riscos Hospitalares para clínicas surge como uma ferramenta indispensável, moldando-se às nuances e particularidades desse ambiente de cuidados personalizados.

Os mapas de riscos hospitalares são ferramentas fundamentais para garantir a segurança dos profissionais de saúde, pacientes e visitantes dentro do ambiente clínico. Esses mapas são representações visuais que identificam e avaliam os riscos presentes nas diversas áreas de uma clínica ou hospital, permitindo a implementação de medidas preventivas e corretivas. Esta prática é essencial para promover um ambiente de trabalho seguro e assegurar a qualidade do atendimento prestado.

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Este Guia Completo sobre Mapa de Riscos Hospitalares destina-se a ser um farol para aqueles envolvidos na gestão e operação de clínicas médicas, onde a segurança é inseparável da qualidade do atendimento. Exploraremos não apenas o conceito fundamental dessa ferramenta, mas também desvendaremos os processos específicos e as considerações cruciais ao criar um Mapa de Riscos em um ambiente clínico. Desde a identificação dos riscos potenciais até a implementação de estratégias eficazes de mitigação, este guia visa fornecer insights valiosos para garantir que as clínicas sejam espaços seguros, promovendo confiança e bem-estar para pacientes e equipe médica.

O Que é um Mapa de Riscos Hospitalares?

O mapa de riscos hospitalares é uma representação gráfica que identifica os riscos ocupacionais e ambientais presentes em diferentes setores de uma instituição de saúde. Ele abrange desde riscos físicos, químicos e biológicos até aspectos relacionados à organização do trabalho, como carga horária excessiva e estresse. Essa ferramenta permite uma análise holística do ambiente hospitalar, contribuindo para a prevenção de acidentes, a promoção da saúde ocupacional e o cumprimento das normas de segurança estabelecidas.

Exemplo de como deve ser o Mapa de Risco Hospitalar

Quem Deve Elaborar o Mapa de Riscos Hospitalares

A responsabilidade pela elaboração do mapa de riscos hospitalares recai sobre uma equipe multiprofissional, envolvendo profissionais da área de saúde, segurança do trabalho e gestão. A participação ativa dos colaboradores é fundamental, pois são eles quem vivenciam diariamente as peculiaridades e desafios de cada setor.

A elaboração do mapa é um processo participativo, envolvendo a identificação e discussão coletiva dos riscos presentes. Essa abordagem colaborativa não apenas fortalece o comprometimento dos funcionários com a segurança, mas também proporciona uma visão mais abrangente e precisa da realidade do ambiente hospitalar.

No Brasil, a elaboração do Mapa de Riscos Hospitalares para uma clínica está sujeita às regulamentações estabelecidas pelas Normas Regulamentadoras (NRs), especialmente a NR-32, que trata da segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde.

De acordo com a NR-32, a elaboração do Mapa de Riscos é uma responsabilidade conjunta entre a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), quando existente na clínica, e o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), quando obrigatório conforme o dimensionamento previsto na NR-32. Vale ressaltar que a NR-32 define critérios específicos para a necessidade de implantação do SESMT, dependendo do número de trabalhadores e do grau de risco da atividade desenvolvida.

A participação dos trabalhadores é também um elemento essencial no processo de elaboração do Mapa de Riscos. A NR-32 destaca a importância da integração dos funcionários na identificação e avaliação dos riscos, contribuindo com suas experiências práticas para uma análise mais abrangente e precisa.

Portanto, a lei estabelece que a responsabilidade pela elaboração do Mapa de Riscos Hospitalares recai sobre uma abordagem colaborativa entre CIPA, SESMT (quando aplicável) e a participação ativa dos trabalhadores, garantindo uma visão holística e participativa no gerenciamento dos riscos ocupacionais.

Importância do Mapa de Riscos Hospitalares

A importância do mapa de riscos hospitalares transcende a mera conformidade com normas regulamentadoras. Ele é essencial para garantir a integridade física e mental dos profissionais de saúde, reduzir a ocorrência de acidentes, melhorar a qualidade dos serviços prestados e promover um ambiente de trabalho saudável.

Além disso, o mapa é uma ferramenta valiosa para o planejamento estratégico, permitindo que a gestão hospitalar aloque recursos de forma eficiente para mitigar os riscos identificados. A transparência na comunicação e a conscientização dos colaboradores também são resultados positivos desse processo, criando uma cultura organizacional voltada para a segurança e o bem-estar.

Como Fazer um Mapa de Riscos Hospitalares

A elaboração de um mapa de riscos hospitalares segue uma metodologia específica, envolvendo as seguintes etapas:

Mobilização da Equipe: Envolver profissionais de diversas áreas e garantir a participação ativa dos colaboradores no processo.

Identificação dos Riscos: Realizar uma análise minuciosa de cada setor, identificando os riscos presentes, sejam eles físicos, químicos, biológicos, ergonômicos ou de acidentes.

Avaliação dos Riscos: Classificar os riscos identificados quanto à gravidade e à probabilidade de ocorrência, utilizando critérios objetivos.

Elaboração do Mapa: Representar graficamente os riscos identificados em um mapa, utilizando símbolos padronizados e cores para indicar a natureza e a gravidade dos riscos.

Plano de Ação: Desenvolver um plano de ação para controlar, mitigar ou eliminar os riscos identificados, estabelecendo responsabilidades, prazos e recursos necessários.

Revisão Periódica: O mapa de riscos hospitalares não é estático; deve ser revisado periodicamente para refletir as mudanças nas condições de trabalho, na estrutura física do hospital e nas práticas adotadas.

Estruturação do Mapa de Risco Hospitalar

A estruturação de um mapa de riscos hospitalares é fundamental para garantir a clareza e a eficácia na identificação e controle dos diversos riscos presentes no ambiente clínico. Confira os principais elementos que compõem a estrutura de um mapa de riscos hospitalares:

1 - Identificação dos Setores

O processo inicial na elaboração do mapa de riscos hospitalares é a identificação meticulosa dos setores que compõem a instituição de saúde. A delineação destes setores deve ser conduzida de maneira abrangente, contemplando não apenas as áreas comuns, mas também considerando espaços especializados, como unidades de internação, laboratórios, áreas administrativas e centros cirúrgicos.

Essa abordagem detalhada possibilita uma análise mais acurada e específica dos riscos que podem variar significativamente entre diferentes setores hospitalares. Por exemplo, enquanto as unidades de internação podem apresentar riscos associados à movimentação de pacientes e cuidados diretos, os centros cirúrgicos podem estar sujeitos a riscos mais específicos relacionados a procedimentos invasivos.

Imagem por Freepik

2 - Símbolos Padronizados

Garantir uma comunicação clara e abrangente dos riscos identificados no mapa hospitalar demanda a adoção cuidadosa de símbolos padronizados. A escolha criteriosa de ícones que representem distintas categorias de riscos aprimora significativamente a compreensão visual do mapa, proporcionando uma linguagem universal que transcende barreiras linguísticas e facilita a interpretação por diferentes profissionais e equipes.

Na implementação dos símbolos padronizados, é crucial considerar a diversidade de riscos presentes no ambiente hospitalar. Por exemplo, a utilização de triângulos para indicar riscos físicos, como quedas ou objetos cortantes, e círculos para sinalizar riscos químicos, como substâncias tóxicas, oferece uma abordagem visual intuitiva.

Além disso, é recomendável expandir a gama de símbolos para abranger riscos biológicos, ergonômicos e outros específicos do contexto hospitalar. A inclusão de ícones distintos para cada categoria amplia a capacidade informativa do mapa, proporcionando uma representação visual mais rica e completa dos desafios de segurança em cada setor.

3 - Cores e Legendas

O aspecto visual do Mapa de Riscos Hospitalares desempenha um papel crucial na comunicação eficaz das informações contidas. A atribuição de cores específicas a cada categoria de risco, aliada a legendas elucidativas, representa um componente vital dessa representação gráfica. Optar por cores vibrantes para destacar riscos mais graves, como aqueles relacionados a procedimentos cirúrgicos complexos ou substâncias químicas perigosas, cria uma ênfase visual que imediatamente chama a atenção dos usuários para áreas críticas.

Ao mesmo tempo, a utilização de tonalidades mais suaves para riscos de menor gravidade, como os associados a movimentação de pacientes ou riscos ergonômicos, contribui para uma diferenciação clara. Essa abordagem estética não apenas facilita a identificação rápida dos riscos, mas também permite uma interpretação intuitiva do grau de urgência ou importância associado a cada categoria. Além disso, a inclusão de legendas detalhadas complementa o código de cores, proporcionando informações adicionais sobre a natureza específica de cada risco e as medidas preventivas associadas.

No contexto brasileiro, especificamente nas Normas Regulamentadoras (NRs), não há uma legislação que defina cores específicas a serem utilizadas em Mapas de Riscos Hospitalares. No entanto, é importante considerar as diretrizes estabelecidas pela NR-26, que trata sobre sinalização de segurança.

A NR-26 estabelece critérios gerais para a utilização de cores em locais de trabalho, incluindo a sinalização de segurança. Embora ela não aborde diretamente os mapas de riscos, é possível orientar-se por suas diretrizes ao escolher as cores para representar os diferentes tipos de riscos em um ambiente hospitalar.

Nesse sentido, a NR-26 sugere o seguinte padrão de cores para sinalização de segurança:

  • Vermelho: Utilizado para identificar equipamentos e aparelhos de combate a incêndio, como extintores.
  • Amarelo: Associado à prevenção e redução de riscos, indicando cuidado, atenção e advertência. Pode ser utilizado em sinalização de áreas de risco e situações que exigem precaução.
  • Verde: Indica local seguro e saídas de emergência.
  • Azul: Utilizado para identificar informações, como instruções ou orientações diversas.
  • Branco e preto: Podem ser usados para textos e informações específicas.

Embora essas diretrizes não sejam específicas para mapas de riscos hospitalares, podem ser consideradas como referência ao escolher as cores para representar diferentes categorias de riscos. A padronização facilita a compreensão universal, mas é importante que a clínica ou hospital tenha flexibilidade para adaptar as cores de acordo com as necessidades específicas do ambiente e para garantir uma comunicação eficaz. Em qualquer caso, a consulta às normas e regulamentações locais é sempre recomendada para garantir conformidade.

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4 - Tipos de Riscos

Alguns dos tipos de riscos mais comuns incluem:

  • Risco Ergonômico:

Relacionado às condições de trabalho que podem afetar a saúde física e mental dos profissionais de saúde, como posturas inadequadas, movimentação manual de pacientes e longas jornadas de trabalho.

  • Risco Mecânico:

Envolvendo perigos associados ao uso de equipamentos e máquinas hospitalares, como riscos de cortes, esmagamentos, ou outros acidentes mecânicos.

  • Risco Físico:

Relacionado a fatores ambientais, como ruídos, temperaturas extremas, radiações, entre outros, que podem impactar a saúde e segurança dos presentes no ambiente hospitalar.

  • Risco Químico:

Associado ao manuseio e exposição a substâncias químicas, como produtos de limpeza, agentes de esterilização e medicamentos, que podem representar riscos à saúde se não manuseados adequadamente.

  • Risco Biológico:

Relativo à exposição a agentes biológicos, como vírus, bactérias e outros patógenos, presentes em fluidos corporais, resíduos médicos, entre outros.

  • Risco de Acidentes:

Engloba situações que podem causar acidentes, como quedas, escorregões, tropeços e outros eventos inesperados.

  • Risco Psicossocial:

Relacionado a fatores que afetam o bem-estar emocional e mental dos profissionais, como estresse, carga de trabalho excessiva e situações emocionalmente desafiadoras.

  • Risco de Incêndio e Explosão:

Envolve situações que podem desencadear incêndios ou explosões, incluindo o manuseio inadequado de substâncias inflamáveis e falhas nos sistemas elétricos.

  • Risco de Radiação:

Relativo à exposição a radiações ionizantes, como as utilizadas em exames radiológicos, demandando cuidados especiais para evitar danos à saúde.

Esses são exemplos de categorias amplas de riscos, e a natureza específica dos riscos pode variar de acordo com as atividades e características de cada setor dentro do ambiente hospitalar. A identificação precisa e a avaliação contínua desses riscos são fundamentais para garantir a segurança de todos os envolvidos.

5 - Classificação dos Riscos: Uma Análise Detalhada

A classificação dos riscos no contexto hospitalar é uma fase fundamental para promover ambientes seguros e saudáveis para pacientes, profissionais e visitantes. A utilização de uma matriz de riscos, uma ferramenta estratégica, possibilita a avaliação aprofundada de cada tipo de risco, categorizando-os com base em sua gravidade e probabilidade de ocorrência. Vamos explorar mais detalhadamente cada componente desse processo:

Matriz de Riscos:

A matriz de riscos é uma ferramenta que visualmente organiza os diferentes riscos identificados no ambiente hospitalar. Ela geralmente consiste em um gráfico que cruza a probabilidade de ocorrência de um risco com sua gravidade, resultando em zonas que representam níveis de risco, como baixo, médio e alto. Essa abordagem visual facilita a interpretação e comunicação eficaz dos dados.

Gravidade dos Riscos:

A avaliação da gravidade de cada tipo de risco considera as possíveis consequências adversas associadas a sua ocorrência. Riscos graves, como aqueles relacionados a procedimentos cirúrgicos complexos ou exposição a substâncias tóxicas, podem demandar medidas de controle mais robustas devido ao seu potencial impacto crítico na segurança do ambiente hospitalar.

Probabilidade de Ocorrência:

A probabilidade de ocorrência de um risco refere-se à chance de que esse risco se materialize. Riscos mais prováveis, como quedas de pacientes ou acidentes com equipamentos médicos, exigem uma atenção especial. A análise criteriosa da probabilidade ajuda a identificar áreas específicas que necessitam de intervenções preventivas mais imediatas.

Categorização em Níveis:

Com base na matriz de riscos, os riscos são categorizados em níveis, como baixo, médio e alto. Essa categorização oferece uma linguagem comum para a equipe de saúde, facilitando a compreensão da gravidade e urgência associadas a cada risco. Isso orienta a priorização das ações de controle de forma eficiente.

Orientação para Ações de Controle:

A classificação dos riscos não é um fim em si mesma; ela direciona ações subsequentes. A partir da categorização, são desenvolvidos planos de controle específicos para cada nível de risco identificado. Esses planos podem incluir medidas preventivas, procedimentos de emergência e estratégias de mitigação, adaptando-se às características únicas de cada tipo de risco.

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6 - Avaliação Ergonômica


Considerar aspectos ergonômicos é essencial para abordar riscos relacionados à postura inadequada, movimentação de pacientes e demais fatores que possam afetar a saúde dos profissionais. Essa avaliação aprofundada contribui para a prevenção de lesões e desconfortos ocupacionais.

7 - Planos de Emergência


Além de identificar riscos, o mapa deve incorporar informações sobre planos de emergência. Indicar pontos de saída, localização de equipamentos de combate a incêndio e procedimentos a serem seguidos em situações críticas é vital para a segurança de todos.

8 - Plano de Ação


O mapa não é um fim em si mesmo; é um guia para a ação. Desenvolver um plano de ação detalhado, que especifique as medidas preventivas e corretivas para cada risco, é a etapa final e prática desse processo. Estabelecer responsabilidades, prazos e alocar recursos é essencial para a implementação eficaz das medidas de controle.


Ao seguir esse roteiro estruturado, os hospitais podem criar mapas de riscos abrangentes e eficazes, contribuindo significativamente para a promoção de ambientes seguros e saudáveis.

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