Janeiro Roxo: mês de conscientização e prevenção da hanseníase

A hanseníase uma doença infectocontagiosa que afeta a pele e os nervos, e é considerada uma das mais antigas doenças da humanidade. No passado, a hanseníase era chamada de lepra e rodeada de preconceito, principalmente por parte dos mais religiosos, que associavam a doença ao pecado.

Nos dias atuais ainda existem muitas dúvidas acerca da hanseníase, por esse motivo, em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro e consolidou a cor roxa para campanhas educativas sobre a doença, para assim conscientizar a população sobre os mitos e verdades sobre ela, e claro, enfatizar sua prevenção e tratamento.

Pelo fato de ser transmissível, a hanseníase ainda gera preconceito na atualidade, entretanto, para ser infectado, é necessário ficar exposto à bactéria por um longo período.

A transmissão é feita pelo ar, com espirros ou tosse da pessoa infectada, e pode levar até 7 anos para que os sintomas apareçam. Outro ponto a destacar é que só transmite a doença o indivíduo que não estiver em tratamento, e além disso, a hanseníase tem cura.

Sintomas

Veja a seguir alguns dos principais sintomas da hanseníase:

  • Manchas pelo corpo que podem ser vermelhas, brancas ou marrons com perda de sensibilidade ao calor, frio, tato e dor;
  • Regiões da pele seca e com ausência de suor;
  • Queda de pelos nas sobrancelhas;
  • Sensação de formigamento;
  • Inchaço das mãos e pés;
  • Sangramento e ressecamento do nariz;
  • Febre, edemas e dor nas articulações.

Tipos de hanseníase

A doença pode apresentar principalmente 4 formas clínicas: indeterminada, tuberculoide, borderline ou dimorfa, e virchowiana. Em termos terapêuticos, somente 2 tipos são considerados: paucibacilar (com poucos bacilos) e multibacilar (com muitos bacilos).

  • Indeterminada: estágio inicial da doença, com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural.
  • Tuberculoide: manchas ou placas de até cinco lesões, bem definidas, com um nervo comprometido, podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo).
  • Borderline ou dimorfa: manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordos às vezes bem ou pouco definidos. Há o comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência.
  • Virchowiana: forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso (nódulos dolorosos) na pele.
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Diagnóstico

A hanseníase pode ser diagnosticada em uma consulta médica em consultório ou ambulatório. O médico analisa lesões na pele com manchas (partes da pele podem não ter sensibilidade) e alterações neurológicas específicas (dormências e formigamentos). É importante ressaltar que todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente de hanseníase devem ser examinadas.

Tratamento

Tanto a hanseníase paucibacilar quanto a multibacilar são tratadas com uso de antibiótico por período entre 6 a 12 meses, a depender da sua gravidade. O tratamento é fornecido gratuitamente pelo SUS e o medicamento deverá ser administrado sob a supervisão de profissionais de saúde.

Prevenção

Apesar de não existir uma vacina específica para sua prevenção, a vacina BCG, normalmente aplicada em recém-nascidos para prevenir a tuberculose também auxilia na prevenção da hanseníase, visto que os agentes causadores de ambas as doenças são semelhantes.

Por outro lado, hábitos saudáveis, alimentação adequada e a prática de atividades físicas também ajudam na prevenção da hanseníase.