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Repasse Médico: Automático Como Implementar (Áudio)
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O repasse médico costuma virar um ponto sensível na gestão porque mexe com confiança. Quando o cálculo muda sem explicação, quando o fechamento atrasa ou quando surgem ajustes de última hora, a conversa com os profissionais deixa de ser técnica e passa a ser emocional. Para o gestor, o objetivo não é apenas pagar corretamente. É sustentar um processo previsível, transparente e fácil de auditar.

É exatamente aí que o repasse médico automático faz diferença. Ao transformar regras em rotina e consolidar tudo em relatórios, a clínica reduz retrabalho no financeiro, diminui divergências e ganha velocidade para fechar o mês. Só que automatizar exige uma base bem definida e critérios consistentes, especialmente quando há convênios, glosas e estornos no meio do caminho.

Base de cálculo para repasse médico: o que entra e o que deve ser ajustado

Para evitar dúvidas, a base de cálculo precisa ser objetiva e repetível. Na prática, quase sempre entram consultas e procedimentos realizados, além de sessões vinculadas a pacotes, se a clínica opera com esse formato. O ponto crítico é definir como a clínica trata descontos e taxas, porque eles mudam o valor final que sustenta o repasse.

Alguns elementos aparecem com frequência como ajustes na base de cálculo e precisam estar bem definidos:

  • Descontos concedidos ao paciente
  • Taxas de cartão e intermediadores, quando a clínica decide descontá-las antes do repasse
  • Materiais e insumos em procedimentos que envolvem custo elevado
  • Estornos e cancelamentos já confirmados
  • Glosas pendentes, quando a clínica opta por só repassar após regularização
Gestora de clínica e médico conversando sobre o cálculo de repasses.

Modelos de cálculo mais usados

Depois da base, vem o modelo. O gestor normalmente escolhe entre três caminhos, e todos podem funcionar bem quando estão bem documentados:

  • Percentual sobre a base definida
  • Valor fixo por consulta ou procedimento
  • Modelo misto, combinando fixo e percentual conforme o tipo de serviço

A regra mais importante é: o profissional precisa conseguir entender como o cálculo funciona olhando um relatório. Quando o método é simples de explicar, ele tende a ser simples de operar.

Antes de avançar, um ponto importante: se você administra uma clínica e busca mais organização na agenda, prontuário eletrônico seguro e processos financeiros centralizados, o Ninsaúde Clinic pode otimizar sua rotina. Entre em contato e saiba mais.

Como automatizar o repasse médico na clínica

Automatizar repasse não é só trocar planilhas por um sistema. É criar um fluxo em que cada atendimento deixa rastros e cada regra é aplicada do mesmo jeito, sempre. Quando isso acontece, o fechamento deixa de ser um esforço manual e vira uma consolidação do que já foi organizado ao longo do mês.

Um caminho seguro para implementar repasse médico automático é começar pela padronização do catálogo de serviços. Quando a clínica registra procedimentos de forma inconsistente, nenhum cálculo fica confiável. Depois disso, é hora de definir regras por profissional e por serviço, evitando combinações informais que só existem na cabeça de uma pessoa do financeiro.

Para a implementação ficar mais simples, vale organizar em etapas práticas:

  • Padronizar serviços e como eles são lançados na rotina
  • Definir base de cálculo e como tratar descontos, taxas, glosas e estornos
  • Escolher um calendário de fechamento com data de corte e data de pagamento
  • Garantir relatórios para auditoria, com visão resumida e detalhada

Sistemas de gestão como o Ninsaúde Clinic ajudam justamente porque permitem centralizar essas regras e gerar relatórios de comissões com filtros por período e por profissional. Isso reduz o risco de versões diferentes do mesmo número circulando entre financeiro, coordenação e corpo clínico.

Repasse por percentual ou valor fixo: qual faz mais sentido?

Percentual e valor fixo são escolhas que comunicam prioridades. O percentual costuma ser adotado quando a clínica quer alinhar remuneração ao valor do procedimento e ao ticket médio. Ele funciona bem em serviços com grande variação de preço, onde o esforço clínico costuma acompanhar o valor cobrado. Também é útil quando há um componente forte de produção e a clínica quer incentivar agenda cheia e maior receita por atendimento.

Gestor calculando repasses através de relatórios impressos.

O valor fixo tende a ser melhor quando a clínica precisa controlar margens com precisão e os serviços são previsíveis, como consultas padronizadas. Ele facilita o fechamento, reduz discussão sobre base de cálculo e dá uma previsibilidade interessante ao profissional, especialmente quando o volume é alto.

Para o gestor, a decisão costuma ficar mais clara quando coloca as vantagens e riscos lado a lado:

  • Percentual é flexível e acompanha o ticket, mas exige regras muito claras sobre descontos, taxas e ajustes
  • Valor fixo é previsível e simples de operar, mas pode exigir revisões por especialidade e complexidade do serviço
  • Modelos mistos costumam equilibrar incentivo e controle, separando consulta e procedimento

Em clínicas multidisciplinares, é comum adotar valor fixo em consultas e percentual em procedimentos, ou ainda regras específicas por grupos de procedimentos.

Repasse por procedimento: como definir regras por especialidade

O repasse por procedimento é onde a clínica ganha mais controle e, ao mesmo tempo, onde mais surgem divergências quando não há organização. O motivo é simples: procedimentos consomem tempos e recursos diferentes. Quando uma regra única tenta cobrir tudo, ela favorece alguns serviços e prejudica outros, o que aparece na margem e no relacionamento com os profissionais.

Uma forma prática de estruturar as regras por especialidade é seguir um raciocínio que o financeiro consiga sustentar no fechamento:

  • Agrupar procedimentos por complexidade e por consumo de recursos
  • Definir se o repasse será fixo, percentual ou misto em cada grupo
  • Registrar como a clínica trata custos diretos relevantes, como insumos
  • Criar regras específicas para retornos, combos e exceções recorrentes

Com essa estrutura, a clínica reduz a chance de ajustes improvisados no fim do mês e melhora a previsibilidade do resultado.

Médica, fisioterapeuta e gestor de clínica conversam sobre o repasse de acordo com especialidades e serviços.

Como gerar relatório de repasse por profissional

Relatórios são o ponto de apoio da transparência. Para fechar rápido, o gestor precisa de uma visão resumida por profissional. Para resolver divergências, precisa de uma visão detalhada, mostrando quais atendimentos geraram comissão, por qual regra e em qual unidade, se a clínica opera em mais de um local.

No Ninsaúde Clinic, esse processo pode ser conduzido de forma objetiva na tela de comissões. O gestor consegue filtrar o período e escolher a forma de visualização conforme a necessidade do fechamento.

Passo a passo no Ninsaúde Clinic

O fluxo pode ser feito assim:

  • Acesse a tela de comissões
  • Aplique filtros de período e selecione o profissional
  • Escolha a visualização resumida, quando o objetivo é ver o total por profissional
  • Escolha a visualização detalhada, quando precisa enxergar os agendamentos que geraram a comissão
  • Se a clínica trabalha com mais de uma unidade, use o filtro por profissional e clínica para ver, além da comissão, o valor que fica para a clínica

Na visão detalhada, o relatório mostra as informações dos agendamentos que originaram a comissão. Na visão resumida, o gestor vê apenas o total no período, o que acelera o fechamento e facilita o pagamento.

Tela de comissões do software médico Ninsaúde Clinic: repasses automatizados e relatórios.

Planilha de repasse médico funciona? limites e riscos

Planilhas ajudam em análises, simulações e apresentações. O problema começa quando a planilha vira o lugar onde o cálculo acontece, sem rastreabilidade, sem controle de versão e com risco de erro humano. Quanto maior o volume de atendimentos e quanto mais complexas as regras, mais a planilha deixa de ser um apoio e passa a ser uma fonte de inconsistência.

Em geral, os limites aparecem de forma gradual. Primeiro, surgem divergências pequenas. Depois, o fechamento começa a depender de uma pessoa específica. Por fim, o gestor perde confiança no número porque ele exige conferência manual.

Os riscos mais comuns incluem:

  • Fórmulas quebradas, linhas duplicadas e filtros aplicados de forma errada
  • Versões diferentes circulando entre equipes
  • Dificuldade para explicar rapidamente a origem de um valor
  • Aumento do tempo de fechamento e do retrabalho no financeiro

Uma abordagem mais madura é calcular e registrar no sistema e usar a planilha como ferramenta de análise. No Ninsaúde Clinic, por exemplo, a clínica pode gerar o relatório de comissões e exportar para Excel quando quiser aprofundar uma análise, sem depender de planilhas como motor do repasse.

Repasse médico com convênios: particular vs plano

No particular, o fluxo costuma ser mais direto. O gestor tem mais controle sobre cobrança, recebimento e estorno. Em convênios, o repasse exige mais cuidado porque há prazos, lotes, regras de faturamento, glosas e recursos. Isso cria uma diferença importante entre o que foi atendido e o que efetivamente entrou no caixa no período.

A melhor prática é separar a lógica do particular da lógica do convênio para evitar misturar bases de cálculo. Muitos gestores optam por repasse em convênio baseado no recebido, justamente para reduzir ajustes e evitar repassar valores que podem voltar como glosa. Quando a clínica usa competência, precisa ter uma política de ajustes transparente, com registro claro no relatório do mês seguinte.

Um conjunto de cuidados que costuma evitar problemas:

  • Separar relatórios e bases de cálculo entre particular e convênio
  • Definir se o repasse será por recebido ou por faturado e manter consistência
  • Criar rotina de revisão de glosas antes do fechamento do período

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