Você já ouviu falar no termo turnover? Na área de Recursos Humanos, ele é usado para se referir à taxa de rotatividade de funcionários de uma empresa. Em geral, é utilizado para contabilizar funcionários que saem de uma organização em um período de tempo específico (normalmente um ano), e por existirem diversos fatores que influenciam no aumento dessa taxa, é importante se atentar a estes números também em sua clínica.

A rotatividade de funcionários dentro de uma empresa não deve ser encarada como algo extremamente negativo, podendo ser considerada saudável até certo ponto. Entretanto, deve-se levar em consideração o quão alta está essa rotatividade e seus motivos, já que isso pode indicar que existem problemas dentro da organização.

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Conflitos internos muitas vezes geram desgaste emocional nos funcionários, e no caso das clínicas, por se tratar de ambientes que lidam diretamente com a saúde das pessoas, também é importante se atentar não somente à saúde dos clientes, mas também a dos próprios colaboradores. Afinal, ninguém quer continuar trabalhando em um ambiente tóxico ou cheio de desafios cujo o salário não é compatível com sua função. Estes fatores somados a uma má administração e falta de infraestrutura podem ocasionar uma desmotivação profissional e gerando assim uma alta rotatividade.  

Para algumas pessoas, quando falamos de clínicas logo se pensa em profissionais de saúde atendendo pacientes, realizando exames e receitando medicamentos. O fato é que, assim como em outras organizações, uma clínica é composta por diversos outros colaboradores: secretárias, recepcionistas, auxiliares de enfermagem, faturistas, serviços gerais, entre outros. Sabendo disso, é fácil compreender que em uma clínica pode haver desafios com relação às suas contratações, assim como em qualquer outro lugar, por isso é tão importante se atentar aos detalhes que geram o turnover.

Tipos de turnover

Existem diversas causas que podem levar uma clínica a ter uma taxa elevada de turnover. Nem sempre essas causas tem relação com as atitudes dos funcionários, podendo ser fruto de ações da própria empresa. O turnover pode ser classificado como voluntário e involuntário, sendo que o voluntário subdivide-se em funcional e disfuncional. O turnover disfuncional, por sua vez, pode ser do tipo evitável ou inevitável.

Voluntário - Iniciada pelo próprio funcionário, que decide encerrar suas atividades na empresa. Recebimento de uma proposta melhor em outra empresa, sentir-se pouco valorizado, ambiente de trabalho com clima ruim, fofocas, má gestão e ausência de um plano de carreira podem levar o funcionário a pedir demissão.

  • Funcional - Em muitos casos o funcionário já não vem apresentando um bom desempenho, e quando ele próprio pede o desligamento, para a empresa há pelo menos a vantagem de isenção de pagamento de vários encargos. Imagine uma recepcionista que insere pacientes em agendas erradas ou faturistas que esquecem de lançar recebimentos, isso acaba gerando um transtorno para a clínica. Sendo assim, com a saída deste funcionário, fica fácil encontrar outra pessoa mais qualificada para a vaga.
  • Disfuncional - Este é um caso em que a empresa é quem sai perdendo, pois com a saída de um funcionário que possui não só o perfil ideal para seu cargo mas também um bom desempenho, haverá uma grande lacuna deixada por ele com a sua saída. Ter de conseguir outra pessoa para substituí-lo e treinar essa nova pessoa pode levar tempo, e ainda assim a substituição pode não ser garantia de sucesso.
  • Evitável - Quando a empresa pode interferir no desligamento de um funcionário, pode-se dizer que este desligamento é evitável. Por exemplo, um ótimo funcionário insatisfeito com seu salário pode se manter no cargo caso seja feito um reajuste salarial, impedindo assim que ele procure outra empresa. Da mesma forma, a insatisfação pode estar ligada ao próprio cargo do funcionário, então realocá-lo em outra função pode ser o ideal para evitar sua perda na equipe.
  • Inevitável - Algumas situações podem ser difíceis ou até mesmo impossíveis de serem controladas pela organização, portanto encaixam-se no turnover inevitável. É o caso, por exemplo, de quando o funcionário precisa sair do trabalho por conta de problemas pessoais ou de saúde (que não foram originados pelo seu cargo na empresa).

Involuntário - Quando a saída do funcionário vem de uma iniciativa da própria empresa, essa ação se encaixa no turnover involuntário. Neste caso, na maioria das vezes existem indicadores que justifiquem o desligamento do colaborador, como por exemplo: desempenho abaixo da média, atitudes antiéticas, dificuldades financeiras da empresa, etc.

Imagem por Freepik

Por que é importante reduzir a taxa de turnover?

A alta rotatividade de funcionários pode gerar problemas em diversos aspectos, e isso pode impactar até mesmo o atendimento de quem frequenta o ambiente. Por exemplo, uma clínica de psicologia trata pessoas que retornam ao local com certa frequência, isso porque elas geralmente participam de sessões de terapia. Imagine se a cada mês que o paciente voltar, uma recepcionista diferente atender ele? Você pode até achar que o mais importante está da porta do profissional de saúde para dentro, mas a verdade é que a relação de um paciente com a clínica começa logo na recepção. Sendo assim, com tantas mudanças no quadro de funcionários, não sobra tempo para criar laços com os pacientes.

Outro detalhe importante que diz respeito ao atendimento na recepção, é a agilidade em preencher dados cadastrais e lidar com documentos de pacientes. Quando um funcionário sai, a pessoa que irá lhe substituir precisa aprender a executar todas as tarefas realizadas ao longo do dia. Mesmo que a nova contratada já possua experiência, cada organização tem suas particularidades, e até que se aprenda certos detalhes, isso pode atrasar todo o andamento das demais atividades na clínica, além do fato de que a pressão por estar em um ambiente novo pode acabar gerando erros.

Se tratando de clínicas médicas, não podemos deixar de falar dos profissionais de saúde. Clínicas com agendas multiprofissionais podem perder pacientes quando um profissional de saúde sai para atender em outro local, pois muitas vezes o que leva o paciente até a clínica é o atendimento de um profissional específico. Outro ponto importante, é que hoje é comum profissionais utilizarem softwares de gestão para atender os pacientes, e sempre que você faz trocas no quadro de profissionais, os novos médicos precisam aprender a usar o sistema utilizado na clínica.

Apesar de softwares médicos disponibilizarem treinamentos, videoaulas e suporte técnico para auxiliar com as dúvidas (como é o caso do sistema para clínicas Ninsaúde Apolo), é inegável que todo início é cansativo e gera muitas dúvidas. Isso é algo que pode influenciar no desempenho do profissional de saúde, que poderá se sentir frustrado. Apesar de parecer apenas detalhes bobos, são estes pequenos detalhes que fazem toda a diferença no sucesso de sua clínica. Confira abaixo algumas dicas de como reduzir a taxa de turnover no setor da saúde.

Como diminuir a taxa de turnover?

Uma taxa alta de rotatividade pode ser reduzida evitando certas ações e implementando outras. Essas ações devem partir da administração mas o resultado é consequência de ações conjuntas. Confira a seguir algumas dicas.

O que se deve EVITAR

  • Ambiente hostil com relações tóxicas - fofocas, desrespeito entre colegas, cobranças feitas de forma exacerbada são alguns exemplos de atitudes que tornam o ambiente pesado e acabam desestimulando os funcionários, o que leva muitos a procurar outro emprego.
  • Tratamento diferenciado entre colaboradores -  o ideal é que todos sejam tratados da mesma forma, e se uma regra do setor vale para uma pessoa, significa que precisa valer para todas. Privilégios direcionados a uma pessoa ou grupo específico podem afetar os que estão de fora, fazendo com que se sintam não apenas desmotivados, mas também desvalorizados, o que se torna uma boa razão para sair da empresa.
  • Sobrecarga - um dos motivos da sobrecarga pode ser a má gestão, pois na busca por uma economia de mão de obra a fim de lucrar mais, acaba-se delegando muitas tarefas para apenas um funcionário, que por sua vez, sofrerá com desgaste não só físico mas emocional.
  • Salários inadequados - este item é um complemento do anterior, pois muitas vezes o funcionário executa tantas tarefas que o salário acaba não sendo compatível com sua função. Em alguns casos, a carga horária também é um problema, pois trabalha-se muito e ganha-se pouco.
  • Falta de reconhecimento e de oportunidades - valorizar um colaborador é o mínimo que se deve fazer para mostrar o quão importante ele é na empresa. Se ele se destaca, é proativo e não costuma decepcionar, não o trate como se ele estivesse fazendo "apenas sua obrigação". Se uma promoção não se encaixa no momento, pequenas premiações ou até mesmo um simples elogio podem fazer a diferença.

O que se deve FAZER

  • Fazer um bom onboarding - o onboarding trata-se do processo de integração de um novo funcionário. Sempre que alguém novo chega na empresa, é importante explicar detalhadamente como funcionará sua nova rotina e mostrar a cultura da organização. Isso é importante para que a pessoa não se sinta "perdida", mas sim acolhida e segura para exercer suas funções.
  • Oferecer treinamentos e capacitações - existem certas coisas que ninguém nasce sabendo, e mesmo quando há conhecimento sobre um assunto, é sempre bom se aprimorar. Neste sentido, e levando em consideração o que foi dito sobre o onboading, é importante que haja um comprometimento da parte do funcionário sim, para que seu trabalho seja bem executado, mas a empresa também deve prestar o apoio necessário e tomar medidas cabíveis para que isso aconteça da melhor forma possível.
  • Coletar feedback com frequência - algumas clínicas tem o hábito de enviar pesquisas de satisfação para seus pacientes, assim como outras empresas também fazem com seus clientes. Que tal fazer algo semelhante com os seus funcionários? Coletar feedback é necessário para saber as necessidades e os sentimentos de quem trabalha com você, auxiliando assim na sua tomada de decisões em mudanças que visam melhorar o ambiente de trabalho.
  • Criar estímulos - como já mencionado antes, a falta de reconhecimento e de oportunidades pode ser um problema. Poucas pessoas preferem o comodismo, e quando isso acontece, saiba que tal atitude também é um empecilho. Mas para que o funcionário tenha motivação, muitas vezes é necessário dar um empurrãozinho. Por exemplo, se você realiza procedimentos de Botox e precisa prospectar pacientes e vender pacotes, ofereça uma premiação para quem conseguir a maior quantidade de vendas do mês.

E aí, gostou das dicas? Continue acompanhando o blog para ficar por dentro de mais conteúdo como este. É profissional de saúde mas ainda não utiliza um software de gestão? Conheça o sistema para clínicas Ninsaúde Apolo.