A cada novo mês, uma nova luta. Setembro Amarelo, Outubro Rosa e Novembro Azul são algumas das campanhas que visam a conscientização e chamam a atenção da população para os cuidados necessários com a saúde.
Tudo começou começou em outubro de 1987, quando a Assembleia Mundial de Saúde com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 1º de dezembro como Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas, e no Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde.
Embora ações de conscientização já ocorressem no Brasil (e no mundo) há muito tempo, a campanha Dezembro Vermelho somente foi reconhecida oficialmente quando aprovada em caráter conclusivo pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, no dia 09/05/2017, criada pelo PL 592/15.
O Dezembro Vermelho trata-se de uma mobilização com atividades durante o mês de dezembro, com o objetivo de alertar a população sobre o vírus do HIV e da AIDS, além de outras infecções sexualmente transmissíveis.
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, o HIV ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+, e é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
O vírus do HIV, na maioria das vezes, é transmitido durante a relação sexual sem uso de preservativo e pela troca de fluidos corporais. O contágio também pode acontecer durante a gravidez e no parto (passando da gestante para o bebê), em transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos, pela amamentação e por compartilhamento de agulhas contaminadas.
Vale ressaltar que AIDS não é o mesmo que HIV. A AIDS é uma doença crônica causada pelo vírus HIV. A AIDS também facilita a ocorrência de alguns tipos de câncer, como sarcoma de Kaposi e linfoma, além de provocar perda de peso e diarreia. Apesar de ainda não existir cura para a doença, atualmente há tratamentos retrovirais capazes de aumentar a expectativa de vida dos soropositivos.
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Fita vermelha: como surgiu o símbolo da campanha
Em 1991, um grupo de artistas se reuniu para criar um símbolo significativo no auge da crise da AIDS - para mostrar apoio e compaixão pelas pessoas com AIDS e seus cuidadores. Esses artistas faziam parte do Visual AIDS Artists 'Caucus, e o que eles criaram foi intitulado "The Ribbon Project", mais conhecido hoje simplesmente como Red Ribbon.
Por meio de uma série de reuniões em abril e maio de 1991, e usando as fitas amarelas como inspiração, nasceu a fita vermelha. A cor vermelha foi escolhida por sua conexão com o sangue e a ideia de paixão.
O formato da fita foi selecionado em parte porque era fácil de recriar e vestir. As instruções originais eram para "cortar a fita vermelha em 15 cm de comprimento e dobrar na parte superior em forma de 'V' invertido. Use um alfinete de segurança para prender na roupa".
Milhares de fitas eram feitas durante as reuniões dos Artists' Caucus, onde amigos e apoiadores trabalhavam juntos para cortar, dobrar e alfinetar as fitas para distribuição nacional. Quando a demanda aumentou significativamente, outros grupos foram contratados para participar, incluindo a formação do Armory Ribbon Bee Project, organizado pelos artistas Hope Sandow e Frank Moore, no qual mulheres sem-teto no Abrigo Park Avenue eram pagas semanalmente para fazer dezenas de milhares de fitas.
A Visual AIDS fez parceria com a Broadway Cares/Equity Fights AIDS em junho de 1991 para enfeitar os convidados e apresentadores do 45º Tony Awards. A escolha foi feita como uma forma de comunicar até que ponto essa epidemia estava afetando membros de sua própria comunidade - artistas e intérpretes.
Um dos primeiros apresentadores a usar o símbolo icônico foi Jeremy Irons. A fita vermelha rapidamente se tornou conhecida como um símbolo internacional de conscientização sobre a AIDS e foi usada no Oscar, Emmy e no Grammy. Celebridades, músicos, atletas, artistas e políticos têm usado a fita em programas de entrevistas, programas de TV, filmes, convenções políticas, eventos esportivos e vídeos musicais. Hoje, a fita vermelha é um símbolo internacionalmente reconhecido de conscientização sobre a AIDS e um ícone de design.
A fita vermelha foi a primeira fita de "consciência", mais tarde seguida por muitas outras cores e causas. Ao contrário de algumas outras campanhas de marketing comercial, a fita vermelha originalmente evoluiu como um projeto artístico/ativista.
A fita nunca teve direitos autorais nos Estados Unidos, para permitir que seja amplamente usada como um símbolo na luta contra a AIDS. Ao criar o Ribbon Project, o Visual AIDS Artists 'Caucus pontuou que a fita deve ser usada como meio de conscientização, e nunca como marketing. Além disso, deve-se manter os direitos autorais da imagem livres, de forma que nenhum indivíduo ou organização possa lucrar com o uso da fita vermelha.
Fontes: Ministério da Saúde | Visual AIDS