HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, o HIV ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Apesar de a AIDS aparentemente ter surgido na década de 1930, a doença só foi identificada em 1981, e até hoje os estudiosos buscam por sua cura, que já está bem próxima.

Assim como ocorre com outras doenças, a AIDS ganhou um mês de conscientização, neste caso para lembrar a todos o quão importante é a prevenção ao vírus HIV, o causador da AIDS. O mês escolhido foi então chamado de Dezembro Vermelho.

O vírus do HIV, na maioria das vezes, é transmitido durante a relação sexual sem uso de preservativo e pela troca de fluidos corporais. O contágio também pode acontecer durante a gravidez e no parto (passando da gestante para o bebê), em transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos, pela amamentação e por compartilhamento de agulhas contaminadas.

Atualmente, ainda não existe vacina contra a AIDS, apesar de existir a triterapia, uma combinação de medicamentos que reduz consideravelmente o nível de vírus no organismo, e portanto, evita futuros danos. O fato é que, depois de quase 40 anos de ter sido reconhecida como doença, a AIDS finalmente está próxima da cura.

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Com diversos estudos em andamento pelo mundo, eis que uma pesquisa brasileira desenvolvida na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) ganha destaque. A pesquisa é coordenada pelo Dr. Ricardo Sobhie Diaz, que pretende ainda este ano iniciar uma nova fase de testes clínicos com o tratamento que eliminou o vírus do HIV de uma pessoa moradora de São Paulo. Esta foi a terceira vez que o vírus foi eliminado de um paciente em todo o mundo. Tal feito foi possível graças a uma combinação de medicamentos.

Para entender melhor como esta combinação age no organismo, é importante saber que ao entrar no corpo, o HIV permanece de forma "dormente" (chamada pelos médicos de latente), ficando ali para sempre. Partindo desse princípio, um dos grandes desafios da ciência é diminuir os danos causados pelo vírus, juntamente com o maior desejo dos estudiosos, que é a cura.

O fato é que foi descoberto que o caminho para diminuir os danos causados pelo vírus é o mesmo caminho da cura. Conforme estudos já apontaram no passado, foi provado um conceito de que a cura é possível. Isso acontece pois o vírus fica preservado em locais onde é possível eliminá-lo do organismo. Tal conceito foi provado através da estratégia de transplante de medula, onde basicamente as células do paciente são mortas e substituídas por novas células. Sendo assim, subtende-se que dessa mesma forma também é possível alcançar a cura do HIV.

No estudo realizado por brasileiros, o objetivo é montar um coquetel para tratamento HIV ainda mais forte do que o já existente, sendo possível que o próprio medicamento elimine o vírus juntamente com as células responsáveis por guardar o HIV. Além disso, também há o estudo de uma terapia celular, que trata-se de uma vacina onde por meio dela é possível eliminar o vírus que encontra-se guardado em seu organismo.

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Como surgiu a AIDS?

A AIDS surgiu a partir de um vírus encontrado no sistema imunológico do macaco-verde africano e dos chipanzés, vírus este denominado como SIV (vírus da imunodeficiência símia). Cientistas acreditam que o vírus teria sido transmitido aos humanos na década de 30, mas a primeira morte causada pela AIDS teria acontecido no final dos anos 50. A vítima teria sido um homem residente de Kinshasa, no antigo Congo Belga.

Em 1981 a AIDS é reconhecida como doença. Na mesma época, notou-se que muitos dos infectados eram homossexuais, o que além de contribuir para o preconceito já existente perante a sociedade, abriu margem para denominá-los como "grupo de risco". Apesar disso, um outro grupo contribuiu para que a AIDS se espalhasse: os usuários de drogas injetáveis. Usuários de drogas podem ser homens ou mulheres, independentemente de sua orientação sexual, e com isso constatou-se que não existe um grupo de risco, mas sim comportamentos de risco para a doença.

Ainda na década de 80 surgiu o teste que identifica a presença de anticorpos no organismo, e com ele também a sigla HIV. Em 1987 surge o AZT, primeira droga criada para auxiliar no tratamento da AIDS. Com o passar dos anos, o número de drogas para tal tratamento só aumentou, e atualmente existem mais de 20 tipos inseridas nos coquetéis. Tais drogas são classificadas em:

  • Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa;
  • Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa;
  • Inibidores de Protease;
  • Inibidores de fusão;
  • Inibidores da Integrase;
  • Inibidores de Entrada;
  • Combinações de medicamentos.

Vale ressaltar que AIDS não é o mesmo que HIV. A AIDS é uma doença crônica causada pelo vírus HIV. A AIDS também facilita a ocorrência de alguns tipos de câncer, como sarcoma de Kaposi e linfoma, além de provocar perda de peso e diarreia. Apesar de ainda não existir cura para a doença, atualmente há tratamentos retrovirais capazes de aumentar a expectativa de vida dos soropositivos.

Campanha Dezembro Vermelho

Tudo começou começou em outubro de 1987, quando a Assembleia Mundial de Saúde com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 1º de dezembro como Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas, e no Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde.

Embora ações de conscientização já ocorressem no Brasil (e no mundo) há muito tempo, a campanha Dezembro Vermelho somente foi reconhecida oficialmente quando aprovada em caráter conclusivo pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, no dia 09/05/2017, criada pelo PL 592/15.

O uso da fita vermelha surgiu em 1991, vindo da necessidade em criar um símbolo significativo no auge da crise da AIDS - para mostrar apoio e compaixão pelas pessoas com AIDS e seus cuidadores. A cor vermelha foi escolhida por sua conexão com o sangue e a ideia de paixão. Você pode saber mais detalhes sobre a criação deste símbolo em nosso artigo "Dezembro Vermelho: mês de luta contra a AIDS".

Imagem por Freepik

Fonte: MyNews | Superinteressante