Chegamos a mais um Junho Vermelho, campanha com o intuito de intensificar e chamar atenção para as doações de sangue aqui no Brasil. O mês de junho foi escolhido por dois motivos, sendo que um deles é a comemoração ao Dia Mundial do Doador de Sangue, que é celebrado desde 2005 no dia 14 de junho.
O outro motivo está relacionado ao período do ano. Em épocas mais frias, como junho, julho e agosto, o número de doações nos hemocentros costumam cair. O fato de este ser um período de férias escolares, em que mais famílias viajam, também contribui para a redução das bolsas de sangue. E agora que estamos vivendo em meio a uma pandemia, as coisas se complicam ainda mais.
O Junho Vermelho é uma iniciativa do movimento Eu Dou Sangue, que veio para dar suporte à Campanha Eu Dou Sangue Por SP. Desde 2011, quando foi realizada a primeira edição, apoios surgiram de diversos setores da sociedade, e hoje temos o Eu Dou Sangue Brasil, iniciado em 2015.
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Doação na pandemia
Desde o início da pandemia o estoque de sangue tem sido uma preocupação nos hemocentros e hospitais. Para que as doações possam se manter em um nível maior e para garantir a segurança dos doadores, os bancos de sangue vêm reforçando os cuidados. O Hemorio, por exemplo, lançou a campanha “Isole a Indiferença”, para reverter a queda de quase 40% nas doações de sangue no mês de maio. Entre as iniciativas está a “Hemorio em Casa”, que já registra 3 mil doações em condomínios do Rio.
A Fundação Hemominas também tem se preparado com campanhas diferenciadas neste Junho Vermelho. Atualmente o estoque de sangue negativo está em baixa, e para tentar resolver a situação, o Hospital Risoleta Neves também entrou com força na campanha. Segundo o hospital, cerca de 600 bolsas de sangue são usadas por mês, isso porque o sangue se faz uma necessidade quase que diária para as transfusões de pacientes.
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Cuidados na doação
A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) se uniu à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e lançou a Campanha Nacional Sangue Verde e Amarelo, que organiza coletas de doação em estádios de futebol, minimizando aglomerações. As duas primeiras ações aconteceram na cidade de São Paulo, na Arena Corinthians e no Allianz Parque, em abril e maio. Dia 16 de Junho, em Manaus, a ação terá apoio dos times de futebol locais Manaus FC e Rio Negro.
Os locais de coleta são orientados pelo Ministério da Saúde a disponibilizar condições para lavagem das mãos, antissépticos (como álcool em gel) e administração do espaço de forma que possa diminuir aglomeração de pessoas. Além disso, cuidados com a higienização das áreas, instrumentos e superfícies também têm sido intensificados pelos hemocentros.
A distribuição de álcool em gel, o uso da máscara, a limpeza a cada uma hora das maçanetas de portas e corrimãos, e distanciamento entre as cadeiras da coleta para evitar contato físico são alguns exemplos de medidas de prevenção para evitar a propagação do vírus e para que não haja risco aos doadores.
A Fundação Pró-Sangue, uma instituição pública ligada à Secretaria de Estado da Saúde e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, adotou como uma de suas medidas o uso de um sistema de agendamento individual online, o qual pode ser feito pelo site da Pró-Sangue. A medida também visa evitar aglomeração e diminuir o tempo de permanência das pessoas nos postos de coleta.
Antes de continuarmos, precisamos saber: você já utiliza um software médico para realizar seus atendimentos? Convidamos você a conhecer o Ninsaúde Apolo, software online que pode ser utilizado em um tablet, smartphone ou da forma tradicional, em computadores. Saiba mais em nosso site apolo.app.
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Quem pode doar?
Antes da pandemia para ser um doador era necessário ter entre 18 e 69 anos, pesar no mínimo 50 quilos e apresentar bom estado de saúde. Agora, por conta do coronavírus, algumas medidas estão sendo adotadas antes da coleta.
Indivíduos que apresentaram sintomas respiratórios e febre nos últimos 30 dias não podem realizar qualquer tipo de doação. Além disso, se o doador esteve em contato com algum paciente que teve covid-19 ou apresentou sintomas, não poderá fazer a doação de sangue no período de no mínimo 14 dias.
Requisitos básicos para doar sangue:
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos, necessitam preencher um formulário e obter autorização dos responsáveis);
- Pesar no mínimo 50 Kg;
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
- Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
- Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Carteira Nacional de Habilitação e RNE-Registro Nacional de Estrangeiro).
Você não poderá doar sangue se:
- tiver idade inferior a 16 anos ou superior a 69 anos (obs.: o limite superior para a primeira doação é 60 anos. Quem tem 61 anos ou mais e nunca doou está inapto);
- tiver peso inferior a 50 Kg;
- estiver com anemia no teste realizado imediatamente antes da doação;
- estiver com hipertensão ou hipotensão arterial no momento da doação;
- estiver com aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos no momento da doação;
- estiver com febre no dia da doação;
- estiver grávida;
- estiver amamentando, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses.
Obs.: o doador não poderá doar se vier acompanhado de crianças menores de 13 anos sem a presença de um outro adulto para cuidar delas.
Você nunca poderá ser doador de sangue se:
- tem ou teve um teste positivo para hiv;
- teve hepatite após os 10 anos de idade;
- já teve malária;
- tem doença de chagas;
- recebeu enxerto de dura-máter;
- teve algum tipo de câncer, incluindo leucemia;
- tem graves problemas no pulmão, coração, rins ou fígado;
- tem problema de coagulação de sangue;
- é diabético com complicações vasculares ou em uso de insulina;
- teve tuberculose extra-pulmonar;
- já teve elefantíase;
- já teve hanseníase;
- já teve calazar (leishmaniose visceral);
- já teve brucelose;
- já teve esquistossomose hepatoesplênica;
- tem alguma doença que gere inimputabilidade jurídica;
- se foi submetido a transplante de órgãos ou de medula.
Há outros motivos que possam causar impedimento na doação de sangue. Você pode conferir a lista completa no site da Fundação Pró-Sangue ou do Ministério da Saúde.
Procure um hemocentro mais próximo e participe você também do Junho Vermelho para fazer sua doação. #DoeSangueDoeVida