O co-treinamento entre médicos de atendimento primário e especialistas pode fazer a diferença entre uma avaliação mediana na experiência do paciente e a uma avaliação excelente. Hoje, a reputação é um dos aspectos mais importantes em um setor de saúde cada vez mais centrado no consumidor e competitivo.

Um estudo feito pela JAMA Network Open trouxe novos dados que iluminaram uma área crítica para provedores de saúde: sua reputação entre seus colegas de profissão. De acordo com o estudo, os especialistas têm melhor desempenho nas avaliações de experiência do paciente quando um de seus colegas é o prestador de cuidados primários do paciente.

O estudo mostrou que, mesmo que o médico que prestou o primeiro atendimento ao paciente não o tenha encaminhado diretamente ao especialista, o fato do paciente conhecer o médico colega já é o suficiente para resultar em uma melhor comunicação e tomada de decisão por parte do especialista. Os pesquisadores afirmaram ainda que isso ocorre porque o especialista deseja manter uma boa reputação entre seus colegas.

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"A influência da observação e aprovação dos colegas, provavelmente será algo de grande influência na medicina, e pode ser implantada de forma mais produtiva", explica o estudo. "Os médicos ficam motivados a mostrar toda a sua competência para os outros colegas de profissão, não apenas para o ganho financeiro (atraindo mais pacientes de encaminhadores, por exemplo), mas eles também podem ter satisfação profissional ao manterem altos padrões estabelecidos ao serem observados." Em outras palavras, os médicos se importam com o que seus colegas podem pensar deles, e isso pode ter motivado muitos deles a praticar um cuidado mais centrado no paciente.

O estudo levantou dados dos anos de 2016 a 2019 para avaliar o impacto no atendimento dos médicos especialistas. Usando informações do Conselho de Registro Médico de Massachusetts (Massachusetts Board of Registration in Medicine) os pesquisadores identificaram os médicos de atendimento primário e cruzaram com as informações dos médicos especialistas que estudaram juntos por pelo menos um ano, sendo esse período na faculdade de medicina, residência ou de bolsa de estudos.

O intervalo de tempo mostrou que essa coincidência de estudos não era exatamente comum, tendo apenas 3% dos médicos de primeiro atendimento e especialistas analisados tendo algum treinamento em conjunto. Entretanto, nos casos em que isso aconteceu, as mudanças no atendimento do paciente foram notáveis.

Os pesquisadores observaram uma classificação de 9 pontos percentuais mais alta de atendimento especializado quando esses médicos especialistas e os médicos que fizeram o atendimento inicial do paciente treinaram por pelo menos um ano juntos. E é sem surpresa que o estudo também mostrou que essa tendência é ainda maior nos casos em que os médicos estavam na mesma instituição de ensino. Além disso, essas melhorias ficaram aparentes em 9 de 10 itens que foram abordados no teste de experiência do paciente, incluindo clareza na comunicação e compartilhamento de decisões.

Os pesquisadores controlaram diversas variáveis, e também contaram com depoimentos dos médicos de atendimento primário oferecido durante encaminhamentos diretos e indiretos. Além disso, a equipe descobriu que o mesmo especialista pode ter diferentes pontuações de experiência do paciente, o que irá depender se eles treinaram com o médico que atendeu o paciente inicialmente ou não.

Isso tudo indica que pontuações mais altas de satisfação do paciente vão para especialistas que estudaram ou treinaram com um médico de primeiro atendimento e esses resultados são específicas para esse tipo de situação, e que se for levado em consideração, os médicos de forma individual não teriam a mesma avaliação positiva. Os pesquisadores também confirmaram que os scores mais altos de satisfação do paciente por parte desses médicos se devem ao fato dos mesmos levarem em consideração a opinião do colega e por querer manter a boa reputação. Outro fato revela que, o especialista e o médico de primeiro atendimento podem ter valores compartilhados, levando a um nível mais alto de responsabilidade pelos colegas, disse a equipe do estudo.

O treinamento e estudo coletivo entre especialistas e médicos de primeiro atendimento trazem não apenas as melhorias já citadas, mas também contribuem para uma melhor qualidade clínica mais do que outras iniciativas nessa frente - e até mesmo para relatórios públicos. Os pesquisadores disseram que isso pode ter implicações políticas para uma indústria que luta pela melhoria da qualidade de vida.

Mas, ainda é irreal achar que todos os especialistas e médicos de primeiros atendimentos tiveram alguma convivência em seus anos de estudo, e sendo assim, é preciso dar crédito e incentivar melhores cuidados dentro das equipe médicas já existentes dentro das clínicas.  

As descobertas do presente estudo, e suas extensões, podem ter grandes implicações para as organizações de prestação de cuidados na saúde, pois sugerem ganhos de qualidade potencialmente grandes de modelos que incentivam as interações entre os colegas de trabalho e profissão – como atendimentos em equipes, consultas digitais que promovem a comunicação direta, coaching entre colegas e discussões de casos com multiespecialidades”, disseram os pesquisadores.

De maneira mais geral, nosso estudo sugere que estratégias não financeiras para aproveitar o profissionalismo do médico, incluindo a pressão para corresponder às expectativas dos colegas, podem gerar ganhos em muitas dimensões do atendimento sem exigir intervenções específicas de decisão que correm o risco de erosão da motivação intrínseca quando implantadas em agregado”, concluíram.

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Trabalho de equipes médicas

O cuidado na saúde baseado em equipe reconhece que existem vários fatores-chave que influenciam no tratamento de um paciente, e que cada um deles deve trabalhar em conjunto para gerar os melhores resultados de atendimento. Sendo o fator humano um dos mais importantes, ou seja, os membros de uma equipe de atendimento, que podem ser médicos, enfermeiros, assistentes médicos, especialistas e outros profissionais não clínicos, e que são essenciais para cuidar de um paciente, de acordo com um relatório da National Academy of Medicine (Academia Nacional de Medicina uma tradução livre).

“O conceito fundamental é que uma equipe é um grupo de indivíduos que coordenam suas ações para um propósito em comum, que na saúde é a prevenção ou tratamento de doenças e a promoção da saúde”, escreveram os autores da Academia.

O software de gestão para clínicas e consultórios Ninsaúde Apolo é perfeito para equipes multidisciplinares, uma vez que ele consegue atender a diversas especialidades da saúde ao mesmo tempo. Assim, a equipe toda tem facilidade em localizar e adicionar informações sobre um paciente, sem a necessidade de perder muito tempo procurando em registros de papel, ou até mesmo tendo que perguntar pessoalmente para outras pessoas da equipe sobre o estado de um paciente.

O atendimento em equipe pode ser bem sucedido quando todos os membros estão na mesma página, e isso exige:

  • Um objetivo claro e comum;
  • Uma mudança de cultura que facilite o trabalho em equipe;
  • Estruturas organizacionais de suporte;
  • Coaching de trabalho em equipe eficaz.

Quando esses fatores são implementados, a experiência do paciente muda para melhor, uma vez que o paciente irá notar que a equipe trabalha bem em conjunto e ele se sentirá mais seguro em realizar qualquer procedimento.

As evidências do estudo também mostraram que médicos que trabalham em boas equipes, ou com colegas que tem um bom relacionamento, se tornam mais felizes em sua profissão, além de sofrerem menos com sintomas de estresse e Burnout.

Na medida em que o setor de saúde continua a adotar o cuidado baseado em valor, será essencial que as organizações se reestruturem para atender aos padrões de alta qualidade de atendimento. Ao fazer isso, os profissionais de saúde podem oferecer melhores resultados clínicos, ao mesmo tempo em que oferecem uma melhor experiência geral do paciente.


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Fonte: Patient Engagement Hit [1] - Patient Engagement Hit [2]