O câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células, formando assim um tumor. Apesar de remeter às mulheres, o câncer de mama pode acometer homens também, no entanto correspondem a apenas 1% dos casos.
Existem diversos tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) no ano de 2014, o câncer de mama foi o tipo mais frequente de câncer em mulheres no Brasil e no mundo. Ele também foi responsável pelo maior número de mortes por câncer em mulheres no mesmo ano. Já em 2021, as estatísticas revelam os seguintes dados: houve uma estimativa de 66.280 novos casos, enquanto o número de mortes foi de 18.295, sendo 18.068 mulheres e 227 homens (2019 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM).
Apesar dos dados alarmantes, sua ocorrência é relativamente rara antes dos 35 anos e nem todo tumor é maligno – a maioria dos nódulos detectados na mama é benigna. Além disso, quando diagnosticado e tratado na fase inicial da doença, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%.
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Principais causas do câncer de mama
O câncer, de modo geral, pode ter várias causas. Fatores externos ou internos ao organismo contribuem para o desenvolvimento da doença. As causas externas estão relacionadas ao meio ambiente, aos hábitos, costumes e qualidade de vida da própria pessoa. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas e estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas.
Com relação ao câncer de mama, pode-se dizer que seu principal fator de risco é a idade. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas revelam que a cada cinco casos, quatro acontecem após os 50 anos. Além disso, há o aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não.
Outros fatores que aumentam o risco da doença evoluir são:
- Histórico de câncer (de mama e de ovário) na família;
- Primeira gravidez após os 30 anos de idade;
- Exposição frequente a radiações ionizantes;
- Sedentarismo, obesidade e sobrepeso após a menopausa;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona).
Principais sintomas
Os sintomas do câncer de mama podem variar de pessoa para pessoa, sendo que algumas podem nem mesmo apresentar quaisquer sintomas. A principal manifestação da doença se dá por meio de nódulo (caroço) no seio, geralmente indolor. Esse nódulo pode ser muito pequeno e estar presente também nas axilas e no pescoço. Outros sintomas são:
- Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo);
- Nódulo único endurecido;
- Irritação ou abaulamento de uma parte da mama;
- Dor na mama ou mamilo;
- Inversão do mamilo;
- Eritema (vermelhidão) na pele;
- Edema (inchaço) da pele;
- Espessamento ou retração da pele ou do mamilo;
- Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos;
- Linfonodos aumentados.
Prevenção ao câncer de mama
A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles considerados modificáveis.
Entretanto, foi comprovado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), que a maioria dos casos de câncer de mama são detectados pela própria mulher, por meio da apalpação das mamas. Esta pesquisa representa 66,2% do casos, e por esse motivo, realizar o autoexame é tão importante. Realizar o autoexame é muito simples, confira as dicas:
- Em frente ao espelho, observe o bico e a superfície dos seios, além do contorno das mamas;
- Faça movimentos circulares, para baixo e para cima, de um lado para outro. Observe se há a presença de alguma secreção saindo dos mamilos;
- Em pé, levante o braço e observe se o movimento altera o contorno e a superfície das mamas;
- Deitada, coloque um braço embaixo da cabeça, e examine as mamas com a mão oposta.
O autoexame permite que com o toque a mulher sinta nódulos a partir de 1 centímetro de comprimento. Lembre-se de que quanto mais cedo for descoberto, mais fácil será combatê-lo. Caso detectado, a mulher deve procurar um médico o quanto antes, pois apenas ele poderá diagnosticar a doença. O exame clínico anual pode ser realizado por um ginecologista ou mastologista.
Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Controlar o peso corporal e evitar a obesidade, por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.
Origem do Outubro Rosa
O movimento teve início nos Estados Unidos, em meados dos anos 90, quando anualmente no mês de outubro eram feitas ações isoladas em diversos estados com o objetivo de prevenir a doença. Mais tarde, outubro acabaria se tornando o mês nacional de prevenção ao câncer de mama nos Estados Unidos.
A cor rosa foi utilizada em virtude da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York em 1990, quando laços cor-de-rosa foram distribuídos aos participantes. Conforme a campanha crescia, outras ações como corridas e até mesmo desfiles de moda foram surgindo, e assim começou também o costume de iluminar prédios, pontes e monumentos com a cor rosa.
A campanha foi se tornando conhecida mundialmente, e diversos países começaram a aderir, até que no dia 02 de outubro de 2002 o Brasil toma sua primeira iniciativa com relação à causa, iluminando de rosa o monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), situado na cidade de São Paulo.
Fonte: Ministério da Saúde | INCA