Apesar da desaceleração do crescimento, houve uma melhora na economia global durante o ano de 2019. Infelizmente, com a pandemia provocada pelo novo coronavírus a economia já começa a decair, o que possivelmente dará origem a uma demanda reprimida no segundo semestre de 2020 quando a situação se normalizar.
Em alguns casos pode parecer algo nem tão vantajoso, mas a demanda reprimida pode significar uma oportunidade de crescimento para sua empresa, porém é necessário estar preparado. Quando falamos em demanda reprimida, uma determinada demanda da população – ou de um público específico – não é atendida totalmente. Com o covid-19 isso poderá se tornar uma realidade também nas clínicas e consultórios.
Por conta do novo coronavírus e o alto índice de casos, as pessoas estão evitando sair de casa, e portanto desmarcando consultas e cirurgias eletivas. É necessário estar preparado para que quando essa situação se normalize, os profissionais de saúde consigam atender o máximo de pacientes sem provocar riscos a qualidade do atendimento, que possivelmente será dobrado.
Se hoje os atendimentos diminuíram por conta da pandemia, estima-se que o seu aumento poderá revelar uma população ainda mais preocupada com a saúde, o que pode estar também relacionado ao termo "gastos de vingança", algo que de certa forma poderá impulsionar a economia no país. Essa situação acontece após uma pandemia por exemplo, quando tudo volta ao normal, e os cidadãos ainda possuem um dinheiro que deixou de ser gasto após semanas de planos cancelados.
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É importante lembrar que por conta do isolamento muitas pessoas estão sofrendo com o impacto causado na economia, afinal muitas estão sem trabalho no momento. Portanto, vale ressaltar que no dia 19 de março, o MPF (Ministério Público Federal) emitiu um ofício à ANS para que os planos de saúde adotem medidas para garantir o atendimento aos segurados que fiquem inadimplentes em razão da crise provocada pela pandemia de coronavírus.
Conforme o artigo que publicamos recentemente sobre a telemedicina e a atual situação em que o Brasil passa, é importante que os profissionais de saúde mantenham esse ritmo para que os atendimentos não se acumulem. Fazer um planejamento dos futuros agendamentos também é importante, pois é a oportunidade de recuperar os atendimentos que não foram realizados durante a pandemia.
Nesse sentido, cabe aos profissionais de saúde alinharem o que será de maior prioridade: quantidade ou qualidade. Aumentar a carga horária nas primeiras semanas poderá ser uma alternativa para que evite o congestionamento das clínicas e consultórios, principalmente as que costumam realizar encaixes. Conciliar um grande número de pacientes por dia à alta qualidade e atendimento humanizado pode parecer uma tarefa difícil, mas com planejamento podemos conseguir normalizar não só a economia mas também a saúde no país.