Cerca de 15% das pessoas com esclerose múltipla apresentam um subconjunto da doença conhecido como progressivo primário, caracterizado pelo início gradual e progressão constante dos sinais e sintomas. Um novo anticorpo monoclonal terapêutico aprovado pela FDA com um novo alvo é o primeiro e único tratamento de esclerose múltipla para a população primária progressiva.

Pode começar com visão embaçada, formigamento nos braços ou pernas, ou uma persistente sensação de cansaço. Em indivíduos com esclerose múltipla (EM), o sistema imunológico ataca a bainha protetora de mielina, uma capa de tecido adiposo que protege suas células nervosas, interrompendo a comunicação entre o cérebro e outras partes do corpo. Isso leva a um declínio na função e aumento da deficiência.

Esclerose múltipla não é uma doença simples. A maioria dos pacientes, cerca de 85%, sofre de EM recorrente-remitente, o que significa que eles podem experimentar sintomas de desaparecimento e reaparecimento. Em contraste, os pacientes que sofrem de uma esclerose múltipla progressiva primária menos comum, tem uma doença que piora de forma contínua desde o momento do diagnóstico.

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Embora a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos tenham criado novos tratamentos para a esclerose múltipla remitente-recorrente, não houve um medicamento que mostrou benefício para EM progressiva primária - até agora.
Um novo anticorpo monoclonal terapêutico, aprovado em março de 2017, tem como alvo um tipo de célula imune chamada célula B CD20+. Ele reduz a resposta imunológica, impedindo que essas células ataquem e danifiquem a mielina.

Administrado uma vez a cada seis meses por infusão intravenosa, o tratamento é o primeiro e único para esclerose múltipla, com objetivo de atingir essas células imunológicas especializadas e tratar a população progressiva primária.

Os resultados positivos de um estudo clínico de Fase III da droga, mostraram progressão da deficiência, significativamente mais lenta ao longo de uma duração mediana do tratamento de três anos quando comparado ao placebo. Os pacientes foram 24% menos propensos a ter progressão da deficiência por 3 meses. Esta inovação médica traz uma nova esperança aos pacientes em um esforço para retardar os efeitos incapacitantes de esclerose múltipla progressiva primária.

Fonte: Cleveland Clinic News Room